Celulares em sala de aula: o que mudou com as novas diretrizes?

A Escola do Futuro Brasil se adiantou a essas mudanças e já possui normas interna para o uso do aparelho desde 2024

O avanço da tecnologia transformou a maneira como nos comunicamos, aprendemos e interagimos com o mundo. No entanto, o uso excessivo de dispositivos móveis tem levantado preocupações, especialmente dentro do ambiente escolar. Com isso, em 2025, novas diretrizes foram implementadas para restringir o uso de celulares nas escolas. A Lei Estadual nº 18.058/2024 e a Lei Federal nº 15.100/2025 proíbem o uso desses dispositivos durante todo o período letivo, incluindo recreios e atividades extracurriculares, a partir deste ano.

As decisões ainda geram debates sobre seus efeitos na aprendizagem, no desenvolvimento social dos estudantes e no uso pedagógico da tecnologia. Segundo Priscilla Moraes, coordenadora da EDF – Escola do Futuro Brasil, a implementação dessas medidas apresenta desafios, mas também benefícios que impactam diretamente o desempenho acadêmico e o bem-estar dos alunos.

O impacto do celular na concentração e no aprendizado

A presença constante do celular no dia a dia dos estudantes tem gerado preocupações entre educadores e especialistas. Estudos indicam que o uso excessivo de dispositivos móveis está associado à queda na atenção e à dificuldade de assimilação de conteúdos. Durante as aulas, notificações, redes sociais e jogos podem interromper o fluxo de aprendizado, tornando a concentração um desafio para muitos alunos.

Segundo Priscilla Moraes, a Escola do Futuro já havia adotado restrições ao uso de celulares antes mesmo das novas legislações, em 2024. “Desde o ano passado, estabelecemos limites para o uso dos dispositivos no ambiente escolar, pois acompanhamos de perto pesquisas que indicam os impactos negativos da distração causada pelos celulares”, afirma.

A medida busca criar um ambiente mais focado, permitindo que os alunos se concentrem nas atividades acadêmicas sem as constantes interrupções dos dispositivos. A expectativa é que a proibição contribua para uma melhora no desempenho escolar, incentivando hábitos de estudo mais produtivos e promovendo maior engajamento durante as aulas.

Desenvolvimento social e redução de problemas emocionais

Além do impacto na aprendizagem, o uso excessivo de celulares afeta a socialização entre os alunos. Muitos estudantes preferem interagir por meio das telas a manter conversas presenciais, o que pode comprometer o desenvolvimento de habilidades sociais e emocionais essenciais para a vida adulta.

A restrição imposta pelas diretrizes estadual e federal estimula a interação face a face entre os alunos, fortalecendo vínculos e promovendo um ambiente escolar mais colaborativo. A ausência dos celulares durante os intervalos e recreios favorece o contato direto, incentivando conversas, brincadeiras e atividades em grupo.

Outro aspecto relevante é a saúde mental dos estudantes. O uso excessivo de dispositivos móveis está relacionado a transtornos como ansiedade, estresse, dificuldades de atenção e distúrbios do sono. A proibição dos celulares no ambiente escolar pode ajudar a minimizar esses impactos, incentivando os alunos a se desconectarem das telas e aproveitarem o tempo de forma mais equilibrada.

O desafio de equilibrar tecnologia e educação

Apesar dos benefícios da restrição, há também desafios a serem enfrentados. Um dos principais pontos de discussão é o uso pedagógico da tecnologia. Em muitas escolas, dispositivos móveis são utilizados como ferramentas educacionais, auxiliando no aprendizado e proporcionando acesso a conteúdos interativos.

A coordenadora da Escola do Futuro reconhece essa questão e destaca a importância de encontrar um equilíbrio. “Sabemos que os celulares podem ser aliados da educação quando usados de forma controlada e direcionada. O grande desafio é garantir que os alunos tenham acesso a esses recursos sem que isso prejudique sua concentração e socialização”, explica Priscilla Moraes.

Diante desse cenário, é essencial que escolas e educadores adotem estratégias para integrar a tecnologia de maneira pedagógica e complementar, sem comprometer a proposta de um ambiente mais focado e produtivo.

Aceitação dos alunos e envolvimento das famílias

Toda mudança exige um período de adaptação, e a implementação da proibição dos celulares não foi diferente. No início, houve resistência por parte dos estudantes, que estavam acostumados a ter acesso livre aos dispositivos dentro da escola. No entanto, ao longo do tempo, essa aceitação vem aumentando.

“Ao longo dos primeiros meses de 2024, enfrentamos desafios na implementação da medida, mas hoje percebemos uma aceitação maior por parte dos alunos. Além disso, contamos com o apoio das famílias, que têm um papel fundamental nesse processo”, destaca Priscilla Moraes.

O envolvimento das famílias é essencial para o sucesso da restrição. Quando pais e responsáveis compreendem a importância da medida e reforçam essa postura em casa, os alunos tendem a se adaptar mais rapidamente, reconhecendo os benefícios da mudança.

Um passo para um aprendizado mais equilibrado

A restrição ao uso de celulares nas escolas representa um avanço significativo para a melhoria do ambiente escolar. As diretrizes buscam reduzir distrações, fortalecer a socialização e promover um aprendizado mais produtivo.

Embora a implementação das medidas exija adaptação e estratégias para equilibrar tecnologia e educação, os benefícios são evidentes. A melhora na concentração, a redução de problemas emocionais e a maior interação entre os alunos são fatores que reforçam a importância dessa mudança.

Dessa forma, escolas e famílias devem atuar em parceria para garantir que os estudantes desenvolvam um uso mais consciente da tecnologia, preparando-os para um futuro mais equilibrado e produtivo.

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