Por que escolher uma escola bilíngue

Por que escolher uma escola bilíngue?

São várias as dúvidas que surgem no momento de matricular o filho em uma escola. Uma delas pode definir todo o futuro: estudar em uma escola bilíngue, que prepare para objetivos maiores, ou ficar com a escola tradicional. Os benefícios da primeira opção se mostram cada vez mais evidentes. Derrubar as barreiras do mundo para uma pessoa é dar a ela possibilidades reais de ser quem ela quiser, de pensar globalmente e se destacar em qualquer lugar do planeta. Ainda assim, muita gente tem dúvidas sobre como se dá o aprendizado bilíngue. 

Confira abaixo as 5 principais perguntas dos pais, respondidas por Paula Castro, diretora pedagógica da Escola do Futuro, de São Paulo.

1.     O que se deve levar em consideração ao escolher uma escola bilíngue para as crianças?

Cabe aos pais avaliar a linha filosófica da instituição de ensino e as práticas pedagógicas da escola. Leve em conta que um programa de educação bilíngue de qualidade deve ter pelo menos 50% do período escolar ministrado na língua-alvo; apresentar habilidades, competências e conteúdos construídos por meio da segunda língua e deve ter como maior investimento a formação da equipe pedagógica. Ou seja, a escola bilíngue deve mostrar-se comprometida com a formação contínua de seus profissionais em relação às melhores práticas educacionais em ambos os programas, nacional e internacional.

2.     A escola bilíngue é indicada apenas para famílias que têm dupla nacionalidade ou que pretendem mudar de país?

Não. Atualmente não há mais fronteiras geográficas no mundo. Os avanços tecnológicos, econômicos e de comunicação tornam cada vez mais urgente escolher uma educação que promova o cidadão global. Sem dúvida, uma das competências imperativas desse cidadão será a comunicação proficiente em outros idiomas – principalmente no inglês, idioma com status de língua franca no mundo. Assim, uma pessoa pode se tornar verdadeiramente uma cidadã do mundo. 

3. Quais as principais diferenças entre uma criança que aprende em escola bilíngue e outra que aprende inglês em um curso extracurricular desde muito cedo?

Existem práticas pedagógicas específicas da Educação Bilíngue. Em especial, a língua sendo o meio, e o conhecimento de mundo, o fim. É necessário examinar o projeto pedagógico tanto da Escola Bilíngue quanto do curso de inglês extracurricular desenhado para crianças muito pequenas para compreender as diferenças das propostas e das expectativas de aquisição de língua e aprendizagem.

4. Há uma idade ideal para que a criança entre na escola bilíngue?

O ingresso à escola é uma decisão singular de cada família que deve considerar essencialmente sua dinâmica. A experiência da criança pequena com projetos de educação bilíngue de qualidade é, sem dúvida, uma opção muito rica  não só linguisticamente, como culturalmente. Desde cedo, a criança sente o mundo de maneira mais ampla e tolerante ao lidar diariamente com códigos diferentes e pluriculturas. No entanto, vale ressaltar que o ingresso tardio a programas bilíngues bem estruturados não impedem a aquisição da segunda língua de maneira proficiente. Há inúmeros modelos eficazes de educação bilíngue. As famílias devem buscar informações detalhadas sobre cada um deles e tomar a decisão visando aquele projeto que melhor funcione para seu contexto familiar, privilegiando sempre o convívio entre pais e filhos.

5.   Existe alguma relação entre inteligência e aprendizado de línguas? Uma criança desde cedo em escola bilíngue poderá também desenvolver outras habilidades?São enormes os benefícios de ordem cerebral já comprovados pela área da neurociência e neurolinguística diante da aquisição adequada de uma ou de mais línguas. Entre eles, o desenvolvimento de habilidades relativas à atenção, seleção de informações relevantes e foco, usadas principalmente na solução de problemas. A segunda língua traz uma nova forma de pensar e compreender o outro. Permite que o estudante dialogue com o mundo, pautado na sua própria identidade, pois à medida que conhecemos culturalmente e linguisticamente o outro, mais nos conhecemos. Percebe-se também o importante efeito na autoestima da criança quando ela se vincula afetivamente a outra língua e apropria-se de suas estruturas, formas e riqueza léxica. Valores essenciais como a apreciação e a compreensão acerca da diversidade cultural e linguística presentes em toda sociedade, assim como a redução da intolerância e do preconceito em relação ao que é diferente, são sem dúvida os principais benefícios na formação de uma criança global e empática.

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